4 de março de 2007

Confirmado: gatos também têm Alzheimer






Não é de hoje que se desconfiava que gatos idosos podem sofrer de uma demência senil muito semelhante ao mal de Alzheimer que acomete seres humanos. Alguns gatos começam a agir estranhamente, com a idade, zanzando pela casa como se estivessem perdidos, miando dolorosamente. A dissecação de cérebros de bichanos velhos já havia também detectado a presença de placas muito similares às que atrapalham a propagação de sinais nervosos na cachola de alguns dos nossos velhinhos, mas não havia certeza de tratar-se do mesmo tipo de enfermidade.
Agora não parece mais haver muita dúvida, segundo pesquisa de um grupo das universidades de Edimburgo, St. Andrews, Bristol e Califórnia. Eles foram capazes de identificar a presença da proteína que forma os emaranhados resultantes nas placas característica de Alzheimer (neste caso, "Catzheimer", como já foi apelidada).
"Esta proteína recém-descoberta é crucial para nossa compreensão do processo de envelhecimento em gatos", disse num comunicado da Universidade de Edimburgo a pesquisadora-líder Danielle Gunn-Moore. "Sabíamos há muito que gatos desenvolve demência, mas este estudo nos diz que o sistema nervoso do gato está sendo comprometido de maneira similar à que vemos nos portadores do mal de Alzheimer humano. As placas porosas apenas indicavam que esse poderia ser o caso - mas agora nós temos certeza." Seu estudo foi publicado na edição de agosto do periódico Journal of Feline Medicine and Surgery, mas se tornou de conhecimento público agora.
Segundo o grupo, a expectativa de vida dos gatos está aumentando, assim como a dos seres humanos que os domesticaram. Há pesquisas indicando que 28% dos felinos entre 11 e 14 anos de idade apresentam pelo menos alguma alteração comportamental relacionada com a velhice. Acima dos 15 anos, a proporção ultrapassa 50%.
Não há muito o que fazer, contudo, em matéria de tratamento. Também para os gatos, só se pode recomendar a manutenção da atividade. "Se os seres humanos e seus gatos vivem em um ambiente empobrecido, com pouca companhia e estimulação, ambos correm um risco mais alto de demência", explica Gunn-Moore. "No entanto, se o dono brinca com o gato, isso é bom tanto para o humano quanto para o animal. Uma boa dieta, enriquecida com antioxidantes, também é útil na prevenção da demência, de modo que o proprietário de gato que partilha com seu mascote refeições saudáveis, como frango e peixe, estará beneficiando ambos."
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