16 de outubro de 2011

Aprenda a fazer uma cadeira de rodas para cães reutilizando o PVC



Embora o PVC tenha longa vida útil e uma durabilidade de mais de 50 anos ele é 100% reciclável, sendo assim, existem milhares de maneiras para transformar este material em algo novo e diferente. É possível até mesmo reaproveitá-lo de maneira a beneficiar um animal necessitado.

O CicloVivo dá a dica de como construir uma cadeira de rodas para animais, reutilizando o PVC; um material barato, leve e funcional. A cadeira de rodas traz conforto e mobilidade aos animais que sofreram algum tipo de acidente, foram maltratados, ou até mesmo aos que nasceram com deficiência por algum problema genético e por isso perderam a capacidade de andar normalmente.

O custo de uma cadeira de rodas deste tipo é muito alto. Pensando em uma maneira de solucionar este problema, a ambientalista e protetora dos animais, Scheyla Bittencourt, desenvolveu uma cadeira de duas rodas para os animais com dificuldade.



"As cadeirinhas possibilitam que o tutor devolva ao animal a oportunidade de se movimentar, auxiliando na reabilitação", esclarece Bittencourt. Ela completa dizendo que "o equipamento serve para valorizar o animal deficiente e provocar a reflexão sobre temas como abandono, guarda responsável, lealdade e respeito aos animais em quaisquer circunstâncias".

Material

- Tubo de PVC ¾" 2 m;

- Cotovelo PVC ¾" 90º 8 un;

- Te PVC ¾" 4 un;

- Cap PVC ¾" 2 un;

- Luva PVC 3/4" 2 un;

- Rodinha de carrinho de feira 2 un;

- Prego ou parafuso grande para eixo da rodinha 2 un;

- Pano para o assento;

- Fita para prender no peito;

- Cola para tubo de PVC peq.

Método

O passo a passo explicativo está ilustrado na galeria acima. No entanto é necessário lembrar que devem ser tiradas as medidas exatas do cachorro que usará a cadeira e ir fazendo os ajustes necessários para que ela fique adequada ao seu tamanho. Se o animal for muito grande, devem ser usadas conexões maiores. As emendas são feitas com pequenos pedaços de tubo com 1,5cm. As patas do cachorro devem ficar com livre movimentação e encostadas no chão na posição natural. O eixo da roda deve ser adaptado na ponta do Cap, sendo furado e colado.






13 de outubro de 2011

EVENTO: Direitos dos Animais: legislação, promotorias e rodeios



com a colaboração do Centro Universitário Salesiano de São Paulo 
e da ONG Olhar Animal, promovem o evento


Local
Centro Universitário Salesiano
Rua Augusto Tolle, 575 - Santana - São Paulo/SP (mapa)
Fone: 0800 77 12345 - Estacionamento no local




Temas e Palestrantes

Legislação de defesa animal

Dr. Laerte Fernando Levai
laertelevai@uol.com.br

Promotor de Justiça no Estado de São Paulo. Especialista em Bioética e Mestre em Direito Ambiental. Membro do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (USP) e do Instituto Abolicionista Animal, é colunista da Agência de Notícias sobre Direitos Animais (ANDA) e autor do livro "Direito dos Animais" (Mantiqueira, 2004)

Rodeios: cultura e esporte ou prática cruel e desprovida de identidade?


Dra. Renata de Freitas Martins
renata@conjectura.com.br

Gerente da Divisão de Contencioso do Departamento Jurídico da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Voluntária na área jurídica da Mountarat Associação de Proteção Ambiental. Colaboradora técnica para diversas associações ambientalistas. Consultora-colaboradora de executivos e legislativos na elaboração de leis, projetos e programas com cunho abolicionista. Idealizadora e coordenadora do projeto Cidadania em Foco, de voluntariado pela disseminação e acessibilidade a informações em comunidades, para o exercício da cidadania e de seus direitos e obrigações.

Promotoria de Defesa Animal

Dra. Vania Maria Tuglio

Promotora de Justiça desde 1993. Por quatro anos atuou nos Centros de Apoio do Meio Ambiente e Urbanismo e das Promotorias Criminais e Execuções Penais. Detentora de "Título de Postgrado de Especialización em El Derecho Ambiental Del Siglo XXI", obtido na IX Edición do Curso de Postgrado en Derecho da Faculdad de Ciencias Jurídicas y Sociales da Universidad Castilla-la Mancha, Toledo, Espanha. Curso de especialização na Universidade de Alicante, Espanha, sobre Novas Perspectivas do Direito Ambiental. Integra a Diretoria da ABRAMPA - Associação Brasileira do Ministério Público do Meio Ambiente como Diretora de Publicações. Integra o Conselho Editorial da Revista Brasileira de Direito Animal editada pelo Instituto Abolicionista Animal, da qual é diretora. Co-autora do livro Direito Ambiental no STJ - a visão do Ministério Público, editado em agosto/2010, pela editora Del Rey.



Certificados

A OAB SP emitirá certificados mediante a solicitação do participante feita nesta inscrição.

Os participantes poderão retirar os certificados:
 pelos Correios, com o participante enviando para a OAB SP Subseção Santana um envelope (tamanho 240 x 340 mm) com selos postais (no valor de R$1,15) e já com os endereços de destinatário (o participante) e remetente (a OAB) indicados. Este envelope deve ser colocado dentro de um outro envelope e remetido pelos Correios para:
na sede da OAB SP Subseção Santana, à rua Victório Primon, 372 - Bairro do Limão. A disponibilização dos certificados será informada por meio dos sites do Olhar Animal e da OAB SP Subseção Santana, bem como por mensagem eletrônica enviada para os endereços de e-mail indicados nesta inscrição;

 Palestra Direitos dos Animais
Coordenação da Comissão do Meio Ambiente - 125ª Subseção de Santana - OAB/SP
Rua Victório Primon, 372 - Bairro do Limão
02550-050 - São Paulo/SP

FONTE: http://www.olharanimal.net/component/content/article/2046-eventos/1559-direitos-dos-animais-legislacao-promotorias-e-rodeios






10 de outubro de 2011

GATEIROS E CACHORREIROS. EITA RAÇA!


Por Dener Giovanini

Normalmente não comento sobre as manifestações dos leitores. As razões são várias. Vão desde a impossibilidade de responder pessoalmente a todas as mensagens – que são muitas – até a precaução no sentido de manter um espaço absolutamente democrático para que cada um se manifeste livremente, sem correr o risco de ter sua opinião censurada ou questionada.
Porém, dessa vez decidi tecer mais alguns comentários a respeito da nota sobre a Consulta Pública da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, que irá publicar uma Lista Oficial de Espécies Invasoras.

O que me motiva a escrever agora foi a enorme repercussão que a nota alcançou. Foram quase 6 mil recomendações no Facebook, mais de 150 comentários de leitores e quase 200 réplicas no Twitter.

Poucas vezes vi na internet um número tão grande de pessoas se manifestando a respeito de uma notícia. No caso da nota sobre as espécies invasoras, tamanho alcance deve-se principalmente ao enorme poder de mobilização que os protetores de animais domésticos possuem. Eles são conhecidos popularmente como gateiros e cachorreiros. São pessoas que dedicam grande parte do seu tempo a causa da proteção dos animais domésticos.


Essas pessoas são capazes de sacrifícios imensos para defender aquilo que elas acreditam. Não existe no mundo – e digo sem medo de errar – nenhum outro movimento em que seus membros se envolvam tanto com a causa que abraçam. Nenhum grupo político ou religioso possui integrantes dispostos a tanto sacrifício pessoal como é o caso dos gateiros e cachorreiros. Nenhum grupo social tem uma capacidade de mobilização tão forte quanto eles.

É impressionante.

A sorte de quem maltrata animais é que esse imenso grupo de protetores ainda desconhece o poder que tem. Pois no dia que eles se organizarem e passarem a ter estratégias claras de atuação, o mundo político irá tremer.

Os protetores de animais podem arruinar uma carreira política. Podem condenar um produto ao fracasso e, até, causar enormes prejuízos à empresas que insistem em ignorá-los. Uma grande parte desse grupo de ativistas é formada por donas de casa. São mulheres que decidem o que comprar em seu lar e que, com o poder de mães, esposas e filhas, conseguem mudar a opinião – e o voto – da família.

Para a felicidade daqueles que ignoram os apelos desse grupo, o movimento ainda não é organizado. Não existem lideranças nacionais com capacidade de mobilizar e de conduzir uma ação uniforme em território nacional. No dia que isso acontecer, senadores da República e até candidatos a presidente do país terão que estender tapetes vermelhos para eles.

O mais impressionante nesse grupo, além do grande poder de mobilização, é outra característica muito singular: grana. Ou melhor, a falta dela. Em 25 anos de lida diária na causa ambiental, nunca vi um “movimento social” trabalhar sem ganhar. Pelo contrário. Penso que os protetores de animais é o único grupo que tira do próprio bolso o financiamento para as suas causas. Eles não são empregados em ONGs, não recebem bons salários, como a grande parte dos ambientalistas profissionais, não dispõe de financiamento público e muito menos recebem emendas de parlamentares. O dinheiro deles vem das “vaquinhas”, das “rifas” e dos trocados que conseguem juntar impondo-se algum sacrifício pessoal.

Não existem estatísticas que mostram quantos eles são. E muito menos existem dados oficiais sobre quem eles são.

Mas uma boa dica para identificar um potencial protetor é reparar em alguns dos seus hábitos mais comuns: possuem animais domésticos, provavelmente mais de um. Nas redes sociais, seus álbuns de fotos sempre possuem a foto de um gatinho, de um cachorrinho, ao lado das imagens de suas famílias. Nas ruas, seu animal de estimação está quase sempre no colo, ou, se for grande, sempre ostentará um pelo brilhoso ou uma coleira da moda. Para esse grupo, não existe diferença social entre os animais. Os de “raça” e os “vira-latas” são iguais, nem mais, nem menos.

A eles, os protetores e protetoras do Brasil, dedico minha inteira admiração e agradeço imensamente as lições de amor e respeito à vida, que muitas vezes nos faltam quando somos absorvidos pelos debates “técnicos” em nossa luta ambiental.
Obrigado.


 Fonte: