28 de dezembro de 2017

Em 2018 tire um animal do abandono das ruas.

COMO SE MORRE DE VELHICE
Cecília Meireles

Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.

Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.

Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.

Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.

De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.

(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,

mas, Senhor, só de indiferença.)

23 de dezembro de 2017

Neste Natal e Ano Novo diga não aos fogos de artifícios

Alguém pode responder  a pergunta desse gatinho?


“Os seres humanos nascem ignorantes, mas são necessários anos de educação para torna-los estúpidos.”
George Bernard Shaw