27 de dezembro de 2008

Beija-flor faz ninho em carro e família deixa de usar veículo.




Beija-flor faz ninho em carro e família deixa de usar veículo

Família de Ribeirão Preto vai esperar filhotes nascerem.
Para eles, pássaros são presente de Natal.


Uma família de Ribeirão Preto, a 313 quilômetros de São Paulo, vai passar alguns dias sem usar o carro não por algum problema mecânico, mas porque eles não querem espantar um beija-flor que fez o ninho debaixo do automóvel.


O cabo condutor dos fios elétricos do veículo virou suporte para um ninho de beija-flor. O funcionário público Valdir Alves de Sousa conta que só percebeu o ninho porque viu a mãe voar para debaixo do carro várias vezes.



Agora decidiu deixar o automóvel parado enquanto os filhotes não saírem voando. Por enquanto, eles ainda são dois ovinhos. A mãe beija-flor escolheu bem o lugar do ninho: é escuro, não toma chuva nem sol.

A mulher de Valdir, a técnica de enfermagem Paula Tinoco Alves de Sousa, diz que está feliz com a chegada do beija-flor e de seus filhotes.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL935603-5605,00-BEIJAFLOR+FAZ+NINHO+EM+CARRO+E+FAMILIA+DEIXA+DE+USAR+VEICULO.html

13 de dezembro de 2008

Coluna da Cora Rónai -



10.12.08
(Esta é a coluna que sai amanhã)
Netcat, a gata macia
Parque Lage: depois das
jaqueiras, os gatos
Filha da Keaton, hoje matriarca da Família Gato, Netcat nasceu, junto com quatro outros gatinhos, entre os últimos minutos do dia 31 de dezembro de 1994 e os primeiros minutos do dia 1 de janeiro de 1995, naquele que foi, sem dúvida, o mais singular Réveillon da minha vida. Seus irmãos, rajados e carismáticos, arranjaram donos assim que desmamaram. A Net, tímida, malhada de preto e branco, na mais banal das configurações felinas, foi ficando: afinal, quem ia querer um gatinho tão comum?
Nós, naturalmente! O que lhe faltava em coragem e disposição para interagir com desconhecidos lhe sobrava em meiguice, numa reserva especial de carinho que guardava para o povo da casa. Morria de medo de estranhos, mas era tão gentil que só aprendeu a rosnar quando o Irineu veio morar conosco, ano passado. Como todo jovem gato, ele vive dando botes nos mais velhos, tentando puxá-los para brincadeiras. Apesar do jeito de filhote que nunca perdeu, Netcat, já uma senhora, não tinha qualquer disposição de dar trela a esse abuso, e fazia questão de deixar isso bem claro. Por outro lado, na hora de dormir, aceitava de bom grado que o Irineu se deitasse a seu lado e, algumas vezes, chegou a fazer-lhe uns cafunés.
Era boazinha, ingênua, discreta. Assim que ouvia o interfone, interrompia o que quer que estivesse fazendo para correr para um dos seus esconderijos secretos. Podia ser só o Zé dando um recado, mas também podia ser uma visita, e sua curiosidade não chegava ao ponto de esperar para tirar a dúvida.
Durante todos esses anos, foi minha fiel companheira de despertar. Bastava que eu me levantasse para que se dirigisse à mesa da sala, onde ficava à espera do pires de leite que bebia enquanto eu lia o jornal e tomava café. Depois, discutíamos as notícias do dia.
Anteontem repetimos, como sempre, o nosso ritual. Enquanto eu pegava o jornal na porta, ela esperava ao lado do pires. Não chegou a beber o leite com entusiasmo; o lote que comprei da última vez não fez muito sucesso. Ainda assim, por força do hábito, deu umas lambidinhas protocolares e foi, em seguida, para a janela, para aproveitar o primeiro sol realmente decente da temporada e observar o movimento lá embaixo. Quanto a mim, fui para o computador, dei telefonemas, cuidei de uma série de coisas. Mais tarde, quando saí, vi que estava deitadinha num dos sofás da sala, ao lado da Tutu e da Keaton.
Quando voltei passava da meia-noite e estranhei que não tivesse vindo me receber. A rapidez com que fugia dos estranhos era a mesma que tinha para vir à porta quando eu chegava. Encontrei-a no quarto, deitada na cama, gemendo baixinho. Em volta, os outros gatos faziam vigília.
Embrulhei-a numa toalha e corri para a clínica. Em vão: Netcat, a gata macia, morreu no caminho, nos meus braços, com a mesma discrição e meiguice que marcaram a sua vida.
* * *
Quem não convive com bichos não pode avaliar o quanto de alegria eles nos trazem, nem como são parecidos conosco. Cada qual tem seu jeito, seus hábitos, sua personalidade; cada um nos ensina alguma coisa, e contribui para que nos tornemos pessoas melhores e emocionalmente mais ricas. Por isso tenho tanta pena dos atuais administradores do Parque Nacional da Tijuca, a começar pelo senhor Ricardo Calmon, que, obviamente, nunca tiveram a felicidade desse convívio.

Não há outra explicação para a frieza e a crueldade que manifestam em relação aos gatos do Parque Lage – alguns velhinhos como a Netcat, que passaram lá toda a vida, outros recém-abandonados, mas todos devidamente castrados e vacinados, inofensivos, indefesos. E, agora, seriamente ameaçados de despejo e de morte, como se fossem meros objetos descartáveis.

Ora, há dez anos eles vêm sendo amorosamente cuidados pela Dra. Preci Grohmann, médica e professora aposentada, que trabalha voluntariamente para pôr um mínimo de ordem no caos: encaminha animais para adoção, anota as placas de veículos de pessoas que abandonam cães e gatos no parque, vai à Justiça e não poupa esforços para educar gente e salvar bichos. Ao longo desse tempo, mais de 800 gatos já encontraram lares graças a ela, que deveria, no mínimo, receber uma medalha. No mundo kafkiano da burocracia brasileira, porém, essa mulher admirável vem sendo implacavelmente perseguida por uma administração que quer dar fim aos gatos, como já deu fim às jaqueiras. Eliminem-se os trastes!
Se quisesse fazer algo de realmente útil à sociedade, o senhor Ricardo Calmon deveria organizar a fiscalização do Parque Lage para evitar o contínuo abandono de animais na área. E se quisesse ir além, e fazer algo de realmente útil em relação a si mesmo, deveria, em vez de perseguir a Dra. Preci, mirar-se no seu exemplo de cidadania, trabalho, amor e dedicação. Assim poderia um dia, quem sabe, tornar-se uma pessoa digna de admiração.
(O Globo, Segundo Caderno, 10.12.2008)

VOCÊ PODE AJUDAR OS GATOS DO PARQUE LAGE ASSIM:
- Comentando a matéria no Jornal de Bairro:
http://oglobo. globo.com/ rio/bairros/ post.asp? t=gatos_do_ parque_lage_ no_centro_ de_nova_polemica&cod_post=146229&a=358
( quem não tem cadastro, é rapidinho fazer um, gratuito )

- Assinando a petição: http://www.abaixoas sinado.org/ abaixoassinados/ 1252

FONTE: http://www.cora.blogspot.com/
MAIS UMA INFORMAÇÃO SOBRE ANIMAIS E PESTICIDAS:

11.12.08
Amigos queridos, mais uma vez muito obrigada pelo carinho que vocês estão nos dando, e que tanto nos reconforta.

Quando convivemos com vários gatos mais ou menos velhinhos, sabemos, desde sempre, que corremos o risco de perdê-los num intervalo relativamente curto de tempo; ainda assim, nada nos prepara para, em menos de seis meses, dar adeus a três companheirinhos tão queridos.

Aparentemente, a Net foi vítima de envenenamento. Digo "aparentemente" porque só poderíamos afirmar isso com certeza absoluta depois do resultado de uma autópsia que teria que ser feita em São Paulo; mas, tirando essa prova absoluta, todo o resto, da rapidez com que morreu aos sintomas que apresentou, apontam nessa direção.

A janela do meu quarto foi descupinizada quinta-feira passada, e o pessoal da Insetisan disse que nenhum de nós, bípedes ou quadrúpedes, poderiamos entrar lá antes de 24 horas.

Passei a chave na porta, e assim foi.

Mas caí na besteira de confiar na dedetizadora.

Nunca façam isso!

Perguntem aos vets, e não aos dedetizadores, por quanto tempo os animais devem ficar afastados de áreas submetidas a pesticidas. A verdade é que, de acordo com os que tarde demais consultei, eles deveriam ter permanecido longe de lá entre três e seis dias.

O resto da Famiglia está macambúzio, mas bem.

Eu, além de estar arrasada, não consigo deixar de me sentir culpada por ter acreditado na Insetisan; e estou tão traumatizada que chamei o Allexc para passar hoje aqui em casa e examinar todos os outros, um por um, da cabeça aos pés.

Ele vão odiar, naturalmente, mas eu, pelo menos, vou me sentir menos preocupada.

Enfim...

Mais uma vez, muito muito obrigada pela força: vocês são mesmo maravilhosos!

6 de dezembro de 2008

GATO DE 27 ANOS DE IDADE



GATO DE 27 ANOS DE IDADE


Mischief ainda não entrou para o 'Guinness', mas já é considerado o gato mais velho da Inglaterra. (Foto: Reprodução )
Com 27 anos, o gato Mischief já é considerado o bichano mais velho da Inglaterra. Mas o título ainda não é oficial, pois essa categoria no livro “Guinness” pertence a Willow, um gato que viveu 26 anos em Shrewsburry. O mais velho do mundo foi Creme Puff, do Texas, que chegou aos 38 anos.

Segundo a publicação “Daily Mail”, os donos de Mischief atribuem sua longevidade à preguiça. “As pessoas nos perguntam o que damos para ele comer, achando que é uma dieta de vitaminas ou algo parecido. Mas não fazemos nada especial. Ele é um garoto preguiçoso e guloso, que come qualquer coisa que agarra com as patas”, afirmou Donna Thorne, 33. Ela é casada com Chris Thorne, 51, que tem o gato desde seus 24 anos.

“Quando mais jovem, ele era bem ativo. Mas agora ele não se mexe, a não ser que seja por comida. Acredito que, no final das contas, sua preguiça o conservou”, continuou Donna. Mischief come ração todos os dias e sua dieta também inclui carne em dias alternados. Ele dorme cerca de 16 horas por dia e não se aventura mais fora da casa onde vive, em St. Austell, Cornuália.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL910755-6091,00-PREGUICA+E+TRUNFO+PARA+GATO+MAIS+VELHO+DA+INGLATERRA.html

9 de novembro de 2008

ORAÇÃO À DEUSA GATA

ORAÇÃO À DEUSA GATA
Claudia Porto

Essa noite, Deusa Gata,
Eu te peço por todos os que somem em meio à noite,
Por todos os que vagam errantes pelos telhados,
Por todos os que têm como cama apenas a grama molhada
E pedaços sujos de papelão nos parques.
Te peço por aqueles que não conhecem o calor de um lar,
Por aqueles que não sabem brincar com bolas e ratinhos,
Por aqueles que estão nas ruas com fome,
Por todos aqueles que jamais sentirão o nosso amor,
Que jamais terão a chance de saber o que é ter carinho.
Te peço, ó Deusa, por todos os gatos
Por todos os pequeninos que nascem em meio ao sofrimento,
Por todos os idosos, guerreiros sobreviventes,
Por todos os gatos errantes desta cidade,
E por todos os gatos que vivem nas grandes colônias.
Te peço pelos que são alimentados, e pelos que só conhecem a fome,
Te peço pelos que estão abrigados, e pelos que só tem as ruas como lar.
Te peço também, ó Deusa, por todos os protetores solitários,
Que sofrem dia a dia por conviver com a dor, a tragédia, a falta de humanidade.
Te peço por estes nossos anjos que lutam contra a miséria e a injustiça.
Dê-lhes, ó Deusa, a tua força, a tua impetuosidade, a tua garra, a tua
resistência e coragem.
Dê-lhes o alento das vidas salvas, o conforto da missão cumprida.
Dê-lhes acima de tudo um ânimo eterno, renovado, um fôlego novo,
Para que possam seguir em frente, sem jamais desistir.
Eu te peço, ó Deusa, olhai por todos estes anjos dos animais,
E olhai também por cada pequenino oculto por essa noite sem estrelas

13 de julho de 2008

O CÃO E O MENDIGO


Era uma noite fria, gélida, assim, como o amanhecer e lá estava o homem e seu cão. Eles são moradores de rua, moram ao lado de um movimentado terminal rodoviário de uma grande cidade. Por ali passam centenas de pessoas todos os dias, elas mal os vêem.


Não é apenas um homem e seu cão, são um cão e um homem dois Seres que vivem neste planeta tão desigual, onde poucos têm muito e muitos não tem nada.


A cada dia que passa assisto essa cena do cão e seu amigo, ambos dormindo juntinhos em um mesmo roto cobertor para se aquecer do frio e do vento vindos da natureza, mas o frio que não pode ser aquecido é o da indiferença humana.


Certo dia perguntei: De quem é esse cão? Logo surgiu um rapaz se dizendo dono (tutor), mas logo o dono (tutor) apareceu e o cão para mostrar que ele realmente era seu  tutor olhou para mim se postou ao lado do seu amigo, como a dizer ele é meu “dono”.


Ficamos amigos. Cão e seu tutor, logo pela manhã já me esperavam, pois sabiam que traria sua ração e algo para  se alimentarem.

Os animais são seres superiores, especialmente os cães, pois eles realmente sabem o sentido da palavra AMOR, eles aprenderam a amar incondicionalmente, nós seres humanos chamados racionais temos muito que aprender com os cães.

8 de junho de 2008

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS


A revolução dos bichos

A luta de um estudante de Biologia para abolir as experiências com animais nas universidades
lUCIANA vICÁRIA
Ricardo Faeger
O PROTETOR

Bachinski, com dois dos ratos que salvou do sacrifício na UFRGS. Ele luta pelo direito de se formar sem ter de maltratar animais

Os ratos provavelmente seriam guilhotinados. Ou talvez morressem depois de um procedimento chamado deslocamento cervical: uma das mãos do pesquisador pressiona uma pinça sobre a nuca do animal, enquanto a outra puxa o rabo para trás. Em último caso, os ratos seriam colocados em um saco preto com algodão embebido em éter. Suas mucosas queimariam dolorosamente. Esses ratos são filhotes de fêmeas usadas em experimentos científicos. Pelo procedimento-padrão, seriam sacrificados. Mas esse não foi o fim dos 14 ratos de um laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O estudante de Biologia Róber Bachinski, de 21 anos, salvou os bichos. Atravessou Porto Alegre de ônibus com duas caixas de sapato sobre as pernas. Levou os ratos para casa. Ficou com quatro e distribuiu os outros entre alguns amigos. Bachinski passou a cuidar dos bichos como se fossem de estimação. Mandou fazer uma gaiola de três andares, comprou ração balanceada e bolinhas para brincar. Os ratinhos ganharam até coleiras para passear no parque. Era março de 2006. Hoje, restam apenas dois, doentes terminais, na casa de Bachinski.

A mobilização de Bachinski não foi só um ato isolado de indignação. O estudante está prestes a mudar a forma como as universidades brasileiras lidam com os animais de laboratório. Há dois anos ele abriu um processo contra a UFRGS, alegando ser inconstitucional a obrigação de assistir às aulas que contrariem seus princípios éticos. O termo jurídico para isso é objeção de consciência, uma forma de resistência pacífica à ordem superior. Na semana passada, o Ministério Público Federal publicou parecer favorável a Bachinski. É o primeiro caso como este no país.

Bachinski é contra o uso de animais para pesquisas nas universidades, principalmente quando isso envolve abrir um animal vivo, prática conhecida como vivissecção. Ele não sustenta suas idéias com argumentos religiosos. Ateu, apela para o direito de não ter sua ética abalada por uma prática supostamente enraizada na cultura brasileira. “Meu grande desafio, no momento, é provar que o uso de animais, o sacrifício e a dissecação deles, da forma como acontecem, são crimes ambientais”, diz. O uso de cobaias em laboratório, afirma, é eticamente questionável. “O suposto progresso científico não justifica a dor causada pela manipulação acadêmica.” Bachinski diz que técnicas alternativas teriam o mesmo efeito da vivissecção nas aulas de graduação. Cita um estudo feito pela Sociedade Humanitária dos Estados Unidos. A pesquisa mostra que é mais barato adotar práticas educacionais a manter animais em laboratórios.

“O suposto progresso científico não justifica a dor causada pela manipulação acadêmica”, diz Bachinski

O jovem de cabelos longos lembra um típico hippie dos anos 60. Usa roupas simples e fala baixo. Sua mãe conta que tentou dissuadir o filho de se meter em encrencas. “Ele fica enfrentando a universidade. Isso atrasa o curso. Tenho medo de ele não se formar”, diz. Bachinski diz que sempre gostou de animais. Resolveu, por isso, fazer curso técnico de zootecnia ainda no ensino médio. Conta que aos 17 anos foi obrigado a cortar rabos, orelhas e dentes de leitões vivos. A prática, comum entre pecuaristas, é uma das primeiras lições em campo dos estagiários de ensino médio. Com o tempo, aprendeu a castrar leitões a sangue-frio. “Eu os pendurava pelas pernas de cabeça para baixo. Com uma gilete enferrujada, cortava seus testículos”, afirma. “Aceitei essa violência com a certeza de que o certificado de conclusão do curso me daria credibilidade para falar contra a exploração animal.”

Não foi bem assim. O pesadelo de Bachinski voltou a atormentá-lo na universidade. Ele passou a pesquisar mais o assunto. Descobriu que a experimentação animal não é prática obrigatória na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta o ensino no país. E que a autonomia da universidade não pode se sobrepor às garantias individuais da Constituição. Manter-se firme a seus princípios custou caro a Bachinski. Ele diz ter perdido amigos e sofrido assédio moral. “Um professor me disse: ou aceita as coisas como elas são, ou cai fora da faculdade.” Bachinski diz que passou a ter dores crônicas, de estresse. Uma amiga, que também assinava o processo, desistiu. Segundo ele, por medo de represálias.

A UFRGS afirma que a prática é necessária. Na contestação à ação de Bachinski, a universidade diz que “um número incalculável de animais é sacrificado diariamente para satisfazer as necessidades da alimentação”. Afirma também que já tentou substituir as aulas práticas por programas de multimídia, mas que “isso não atendeu aos interesses dos próprios alunos, que teriam solicitado o uso de seres vivos”. Um dos citados no processo, Carlos Olegário da Costa Diefenbach, professor titular de Fisiologia, disse à reportagem que não tem interesse em falar sobre o assunto.


FONTE:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI4938-15224,00-A+REVOLUCAO+DOS+BICHOS.html

1 de junho de 2008

POLIFAGIA EM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO


Doença ou personalidade?
Excesso de carência pode ser polifagia
(Texto: Suzana Sakai/NB |Fotos: Divulgação)

Eles comem muito rápido, querem os brinquedos só para eles e pedem atenção o tempo todo. Se você considera a carência de seu animal exagerada, fique de olho, ele pode estar com polifagia.
Apesar do comportamento anormal dos animais, a polifagia não é considerada uma enfermidade, como explica o veterinário Alberto Soiti Yoshida.
“A polifagia em si, não é uma doença. É mais caracterizada como um traço de personalidade. O animal polifágico quer sempre chamar a atenção, e, geralmente, é extremamente competitivo”, diz Yoshida.
Características

Os animais polifágicos têm uma preocupação constante em pedir carinho e receber a atenção do dono. Muitos desses animais chegam a desenvolver uma espécie de bulimia. Eles comem rápido, compulsivamente e depois colocam tudo para fora. “Ele sente a necessidade de correr e comer antes que os demais”, afirma Yoshida. 
 Dois são demais
Geralmente, os animais que desenvolvem polifagia são aqueles cujo dono possuem mais de um bicho de estimação. O animal que é sozinho, em tese, não necessita competir pela atenção.
“Quanto mais animais em casa, maior a probabilidade de o proprietário ter um dos animais polifágicos”, explica Yoshida.
A veterinária Kátia Aiello esclarece que os animais com polifagia querem impor sua posição.
“Caso um cão seja muito dominante e apareça outro cão na casa, ele pode vir a querer comer sua comida e a do outro, mas esse comportamento é meramente para estabelecer a hierarquia na casa e não por necessidade de armazenar o alimento no seu organismo”, diz Kátia.
(*Colaboração Érika Horigoshi)

Amenize o problema
A polifagia pode ser amenizada e até mesmo revertida. Mas é preciso que o dono modifique algumas atitudes na rotina do animal.
“A comida precisa ser racionada. O dono também precisa saber qual é o cão alfa (dominante) e qual é o submisso. Estabelecendo os papéis nessa matilha de dois ou mais, o dono deve dar sempre a comida primeiro para o líder. Tudo o que for dividido entre os animais deve ser dado primeiro ao alfa. Dessa forma, o animal dominante não precisará a todo momento conquistar e lutar pelo seu lugar na matilha e não ficará ansioso”, conta Kátia.
Segundo a veterinária, é preciso ainda substituir a comida por brincadeiras. Uma boa dica é colocar a comida dentro de brinquedos que são furados no meio, para dificultar a conquista da comida.
Passeios e atividades físicas também são bem vindos.
http://www.nippobrasil.com.br/2.semanal.bichos/index.shtml