17 de outubro de 2010

Utilizar animais em pesquisa científica: certo ou errado?


Marco Túlio Pires

A partir deste sábado, o site de VEJA apresenta uma série de entrevistas com os nomes mais importantes do debate sobre o uso de animais em pesquisas médicas – tema hoje situado na fronteira entre a biologia, a ética e o direito.

O primeiro entrevistado da série é o médico Ray Greek, autor do livro Specious Science: Why Experiments on Animals Harm Humans (Ciência das Espécies: Por que Experimentos com Animais Prejudicam os Humanos, sem edição no Brasil). Para o especialista, não só é desnecessário o uso de animais em pesquisas científicas, como esta opção poderia até atrasar o avanço da ciência. Greek não usa argumentos éticos ou morais, nem se diz preocupado em salvar vidas animais. Sua motivação, afirma, é puramente científica.

Neste domingo, o também médico Michael Cohn faz a defesa do uso de animais. É graças a este tipo de pesquisa, segundo ele, que os humanos vivem cada vez mais e melhor. Conn relata que teve vários amigos de profissão perseguidos, atacados ou ameaçados de morte por ativistas ligados à defesa dos direitos animais, o que o motivou a escrever o livro The Animal Research War (A Guerra da Pesquisa Animal, também sem edição no Brasil).

Na segunda-feira, é a vez do advogado Steven Wise, professor de direito dos animais da Universidade de Harvard, que defende que algumas espécies deveriam possuir os mesmos direitos à integridade e liberdade física que os humanos. Para ele, cães, grandes primatas, golfinhos, elefantes e papagaios africanos deveriam ser equiparados, em status, ao homem.
Na terça-feira, o site vai publicar reportagem sobre a história do uso de animais pela ciência, ressaltando os maiores sucessos e insucessos dessa prática.

Deixe aqui sua opinião sobre o assunto e participe da enquete.

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