14 de janeiro de 2011

“Veterinários na Estrada” leva ajuda à região serrana no Rio de Janeiro

“Veterinários na Estrada” leva ajuda à região serrana no Rio de Janeiro

Diante de toda a tragédia que está castigando a linda serra do Rio de Janeiro, não é possível ficarmos no conforto de nossa casa, sem tomar qualquer atitude.


 

Se você está distante da localidade, não tem disponibilidade de tempo ou mesmo alguma dificuldade para se locomover até lá....não importa, há sempre uma forma de ajudar, basta querer!

 

A equipe do “Veterinários da Estrada” está nos dando uma oportunidade maravilhosa de contribuir. Nesta sexta, sábado e domingo, dias 14, 15 e 16 de Janeiro de 2011, estarão recebendo doações. E na segunda feira, dia 17 de janeiro de 2011, pegarão a estrada rumo ao Rio de Janeiro, levando ajuda a quem necessitar.

Essa ação, em parceria com a WSPA - Organização Mundial de Proteção Animal, caracteriza uma verdadeira CORRENTE ANIMAL.

Viu como é fácil?! Basta levar a sua doação na Clínica localizada no endereço:

Rua Marcos Portugal, 224
Ipiranga - São Paulo
CEP 04280-030
(próximo ao metrô Sacomã e ao terminal Sacomã de ônibus)
Fones 11- 5062.8522 / 11- 2592.2645
Cel 11- 8778.1792 ou 8298.9261

 

 

Qualquer doação será muito bem vinda, no entanto, em caráter de URGÊNCIA, seguem algumas sugestões de doações para as PESSOAS e ANIMAIS:

- Ração para cães e gatos - adultos e filhotes (se possivel algumas Hill´s A/D para os mais fracos)

- Carne em latinhas

- Medicamentos veterinários como: antibióticos, analgésicos, anestésicos, vermífugos, anti pulgas e carrapatos etc.

- Materiais hospitalares e insumos descartáveis como luvas, seringas, faixas, gaze, esparadrapo, equipos, cateter, etc

- Soro, água oxigenada, Povidine, etc

- Jornais

- Potes de plástico para colocar ração e água

- Água potável em garrafas ou galões

- Caminhas

- Coleiras (abrigos só estão aceitando os animais que estão com coleiras)

- Roupinhas

- Material de limpeza: água sanitária, sabão em pó, detergente

- Roupas de qualquer tipo: chinelos; sapatos, tênis, galochas, travesseiro, cobertor, lençol, toalhas, entre outros.
- Absorventes higienicos, fraldas, algodão, papel higiênico, creme dental, shampoo, sabonete, escova de dente, entre outros.
- Alimentos não perecíveis como: macarrão, molho em lata, salsicha, etc - tudo em latas que não precisem de abridor

 

Enfim, tudo o que for possivel para amenizar o sofrimento de todos.

OBSERVAÇÕES:
Por favor ignorem os pedidos de doação de leite em pó, pois não há água potável para misturar.
Não enviem arroz, feijão e outros pois são alimentos que levam tempo para cozinhar e o gás está acabando.
Os enlatados devem ser não refrigerados pois não há energia em alguns pontos e isso tráz o risco de provocar intoxicação alimentar.


Para quem quiser fazer doações em dinheiro:
Bradesco
AG : 2925-4
C/C 4090-8
Amelia Margarida de Oliviera - ME


CONHEÇA UM POUCO DO TRABALHO DO “VETERINÁRIOS NA ESTRADA”

Veterinária de SP viaja pelo interior do estado para castrar cães e gatos.


O sonho de consumo da veterinária Amélia Margarido era um ter um jipão na garagem. No Dias das Mães do ano passado, ela se deu uma Land Rover de presente e pegou a estrada. Durante uma de suas viagens a mais de 100 km/h Amélia percebeu que, com um pouco de criatividade, poderia usar o carro para suprir a carência de atendimento veterinário em pequenas cidades do interior paulista, sobretudo aquelas em que a população não dispõe de nenhum veterinário nas proximidades.

Assim, surgiu o “Veterinários na Estrada”. Acompanhada de outros colegas de profissão, Amélia improvisa um consultório médico onde houver teto e parede. Se a cidadezinha visitada não tiver infra-estrutura, não tem problema, ela monta uma espécie de tenda, criada especialmente para ser usada com o jipão e onde há isolamento necessário para fazer as cirurgias de castração, seu principal propósito quando pega a estrada. 

“Como o meu objetivo é ir aonde ninguém vai, não há a desculpa de que não tem um lugar adequado para fazer o atendimento. É como um hospital de campanha em situação de guerra: arma a barraca onde tiver espaço e pronto”, afirma a veterinária que já viajou para Joanópolis e Igaratá, no interior de São Paulo, e para Maresias, no litoral paulista. São Tomé das Letras, já em Minas Gerais, foi a cidade mais longe para a qual o jipão e a equipe de Amélia viajou.


“Na primeira vez que fomos lá, a gente não tinha nem energia elétrica”, relembra. O pré-atendimento era feito na rua e só as cirurgias eram feitas na cabana improvisada. 

A última viagem dos veterinários foi para para Santa Bárbara, bairro rural de São Francisco Xavier, um distrito que fica a quase 60 km do centro de São José dos Campos e onde o aparelho celular fica sem serviço ou pega muito mal. 

Mutirão da castração

A mobilização nas cidadezinhas visitadas começa muito antes do jipão chegar por lá, conta Amélia. Protetores de animais voluntários divulgam com antecedência o mutirão da castração e tentam conscientizar a população, tanto urbana como rural, da importância de esterilizar cães e gatos para evitar a superpopulação desses animais pelas ruas. 

O principal empecilho para a adesão total da população é a cobrança de uma taxa para castrar os cães e gatos, que varia de R$ 25 a R$ 50, dependendo do animal. As voluntárias contam que o dinheiro é usado para cobrir as despesas com material cirúrgico, como lâminas, luvas, sedativo e seringa e esterilização. 

“Nós pensamos no bem-estar animal e na saúde pública, porque um cachorro ou gato abandonado tem doenças e pode transmiti-las para qualquer pessoa”, diz a professora aposentada Glória Marczik, moradora de São Francisco Xavier e voluntária nos mutirões.  

Em trabalho conjunto com a artista plástica Vera de Almeida, também moradora da cidade, Glória preenche o “livro de ouro”, onde mantêm o controle do dinheiro conseguido por meio de doações. Nesse caso, o dinheiro é usado para comprar materiais cirúrgicos e cobrir as cirurgias de castração em animais de quem não pode pagar. 

“A gente faz de tudo e pede qualquer ajuda porque na zona rural há o hábito de castrar os animais a sangue frio, sem anestesia, e não há qualquer cuidado para evitar infecção”, conta Vera. 

Mãos à obra

Na visita a São Francisco Xavier, a equipe comandada pela veterinária Amélia tinha uma lista com cerca de 70 animais para atender, entre cães e gatos. Os veterinários tiveram a sorte de contar com a infra-estrutura de uma escola desativada. Em uma sala eram realizadas as cirurgias e, em outra, ficava o atendimento pré-cirúrgico e o pós-operatório, onde os animais são mantidos ainda sedados. 

Se o objetivo inicial é a castração, o exame clínico que antecede a cirurgia também serve para detectar outras doenças. Foi o caso de uma gata siamesa que chegou para ser castrada, mas se constatou que ela tinha parasitas subcutâneos maiores que um caroço de feijão. 

Em um mutirão o trabalho não pára. A faxineira Ângela Maria Gomes chegou cedo para castrar a sua gata de estimação e os seis filhotinhos. “Eu falei para o meu marido para guardamos dinheiro, mas eu só consegui o suficiente para castrar a mãe e ia deixar os filhotes para depois. Mas me disseram que eu podia vir, porque se dava um jeito”, conta Ângela, que ainda parcelou a castração da sua gata Lili.

A técnica de castração usada pela equipe é conhecida como “do gancho”. A veterinária Amélia explica que essa técnica é menos invasiva pois faz uma incisão pouco maior que 1 cm, enquanto a castração convencional chega a fazer uma incisão de 10 cm. “É essencialmente técnica e precisa ter o dom da cirurgia, assim como se precisa ter um dom para escrever, atuar ou fotografar”, diz Amélia.

“A gente corta e invade o menos possível. É mais econômico para o veterinário e menos doloroso para o animal, que também se recupera mais rápido”, complementa a veterinária Anabela dos Santos, que ressalta ainda a necessidade de ser um procedimento menos invasivo, pois a infra-estrutura costuma ser improvisada e o animal não terá o acompanhamento pós-cirúrgico. 

Como o próprio nome diz, os Veterinários na Estrada precisam voltar para casa, em São Paulo, mas saem de cada cidade com a sensação de melhorar tanto a vida dos animais quanto da população loca
l. 


Fonte: Portal G1 e site “Veterinários na Estrada

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